Câmara aprova prestação de contas de 2017
// 19-04-2018
O município fechou o ano de 2017 com uma dívida total de 5,6 milhões de euros (quando receber verbas em falta aprovadas por fundos comunitários, a dívida deverá situar-se nos 5,2 milhões de euros, dentro dos níveis dos últimos dois anos). O Presidente da Câmara Municipal, André Rijo, explicou que, enquanto a dívida de médio prazo baixou cerca de 300 mil euros, graças ao esforço de equilíbrio financeiro, a de curto prazo subiu 387 mil euros, devido ao investimento realizado pela Câmara e ao aumento das despesas correntes com o aumento do número de funcionários efetivos (203 em 2016 e 225 no final de 2017).
No ano de 2017 ressalva-se a concretização de projetos importantes para o desenvolvimento económico e para a melhoria da qualidade de vida no concelho, como a implementação da Unidade Móvel de Saúde, o reforço dos projetos sociais e melhorias nos equipamentos na área da educação, as comemorações dos 500 anos do foral manuelino, a beneficiação da rede viária em todo o concelho, a implementação de sistemas mais inteligentes no combate ao desperdício de água (nomeadamente o projeto Wone), o prolongamento da rede de saneamento e a requalificação do Bairro João de Deus. Destaque ainda para o Espaço do Cidadão José Tiago Rodrigues (S. Tiago dos Velhos), assim como a requalificação de espaços públicos em todas as freguesias, em articulação com estas.
Foi ainda possível iniciar a requalificação do Centro Escolar de Arruda dos Vinhos, requalificar a antiga escola de Camondes, implementar um novo projeto educativo na escola de Cardosas, dar início à construção do Parque Urbano das Rotas e à preparação da candidatura a património imaterial do fenómeno das tertúlias móveis.
O total da despesa corrente do município em 2017, cifrou-se em 8.242.602,98€
(7.914.317,99€ em 2016, 7.914.035,74€ em 2015 e 7.792.893,71€ em 2014), apresentando uma taxa de execução de 87,6%. Em 2017 verificou-se um reforço na despesa, quando comparado com os anos de 2016 e 2015, sendo o orçamento suportado pelo acréscimo das receitas provenientes de rendimentos da propriedade, transferências correntes, assim como das vendas e prestações de serviços.
O prazo médio de pagamentos a fornecedores manteve nos níveis de 2016, 40 dias.
O Presidente ressalvou que “tem havido uma preocupação constante com o equilíbrio financeiro do município” e que “este exercício orçamental veio demonstrar que é possível conciliar um município que aposta no investimento em diversas áreas, que se moderniza sem deixar de se preocupar em baixar os níveis de tributação às famílias e sem colocar em causa o equilíbrio financeiro e orçamental”.
O documento de prestação de contas foi aprovado por maioria na reunião de Câmara de 16 de abril , com a abstenção do vereador Luís Rodrigues (PSD).