Assembleia Municipal aprova Moção “Arruda sem Médicos"
// 30-12-2009
A Assembleia Municipal de Arruda dos Vinhos, na sua sessão de 29 de Dezembro, aprovou por maioria, com os votos favoráveis do PSD e da CDU e os votos contra do PS, uma Moção sobre a situação médica no concelho.
A Moção aprovada apresenta o seguinte texto:
“Considerando que:
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No Município de Arruda dos Vinhos existem cerca de 11.000 utentes inscritos na Unidade de Cuidados Personalizados de Saúde dos quais cerca de 2.000 já não tinham médico de família;
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No ano de 2008, pediu exoneração da função pública a Dra. Joana Melo (ficando cerca de 1750 utentes sem médico);
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Em Outubro de 2009, saiu a Dra. Filomena para a USF de Santo António dos Cavaleiros (ficando mais 1750 utentes sem médico);
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Em Dezembro de 2009, saiu a Dra. Fátima Rabaçal para a USF do Forte da Casa (ficando mais 1800 utentes do ficheiro da Dra. sem médico acrescidos de todos os utentes sem médico inscritos na extensão de Arranhó);
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A Dra. Emília Palhinha já apresentou o pedido de aposentação (quando deferido ficarão mais 1800 utentes sem médico);
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Em Janeiro de 2010, o Dr. José Afonso integrará a USF do Forte da Casa, deixando mais 1600 utentes sem médico da família;
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A própria Dra. Lídia Luís, encontrando-se aposentada, não tem ficheiro atribuído;
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Perante todos os dados acima referidos ficará a referida Unidade de Cuidados Personalizados de Saúde apenas com um médico para assistir a todos os utentes do concelho;
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A época de Inverno é propícia a maiores deslocações à Unidade de Cuidados Personalizados de Saúde devido a surtos gripais e outros;
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Todas as indicações recebidas devido ao surto de Gripe A, que obriga a uma maior disponibilidade médica;
Assim sendo, o Grupo Municipal propõe que o quadro médico do Centro de Saúde de Arruda dos Vinhos, incluindo a sua extensão de Arranhó, seja preenchido por médicos por forma a fazer face às necessidades dos utentes do nosso concelho.
Mais propõe, que a presente Moção seja enviada às entidades competentes, nomeadamente, ao Sr. Presidente da Assembleia da República, à Sra. Ministra da Saúde, aos Líderes dos Grupos Parlamentares com assento na Assembleia da República, ao Presidente da ARS-LVT e ao Director-Executivo do ACES Oeste Sul II.”
O PS votou contra esta e apresentou a seguinte declaração de voto: "Após as explicações prestadas pelo Senhor Presidente da Câmara, onde se infere estarem ainda em curso diligências no sentido de tentar colmatar ou minimizar a carência de profissionais médicos no Concelho, afigura-se-nos inoportuna e extemporânea a tomada de posição da Assembleia Municipal, nesta altura, sem se conhecerem os resultados das diligências em curso entre o Executivo Camarário e as Entidades competentes na matéria em discussão".