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Entre 30 de agosto e 9 de setembro decorreu nova campanha arqueológica no Castelo / Forte do Passo, sítio arqueológico localizado na freguesia de Arranhó, concelho de Arruda dos Vinhos.

A pesquisa deste sítio é um verdadeiro desafio de escavação e interpretação, uma vez que neste local se sobrepõem três grandes fases de ocupação: Calcolítico (3º milénio a.C.), Romano (sec. II a.C.) e Guerras Peninsulares (1807-1814).

Depois das campanhas arqueológicas desenvolvidas neste sítio entre 1988 e 1999 sob direção de Ludgero Gonçalves e Guilherme Cardoso, existiam ainda muitas questões por compreender, nomeadamente a compreensão das arquiteturas das muralhas calcolíticas e da planta da fortificação oitocentista (obra 12 da Primeira Linha Defensiva). A partir de 2021 foi iniciada uma nova fase de pesquisa que procurou usar novas tecnologias geo-espaciais complementadas por um conjunto de sondagens arqueológicaas.

As escavações decorreram no âmbito da parceria entre o Município de Arruda dos Vinhos (CMAV) e a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL) / Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa (UNIARQ), contando com a direção científica de Ana Catarina Sousa (professora da FLUL, UNIARQ), Jorge Lopes (arqueólogo da CMAV) e André Texugo (investigador UNIARQ).

A equipa foi constituída por estudantes da licenciatura, mestrado e doutoramento da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, com diferentes nacionalidades e formações académicas de base, tendo ainda como consultores o Coronel João Paulo Berger e João C. Duarte (Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa).

Durante o mês de setembro ainda decorrerão algumas ações pontuais, mas os trabalhos desenvolvidos e os resultados obtidos permitiram já avançar mais um pouco no conhecimento deste sítio que está classificado como Monumento Nacional (1.ª e 2.ª Linhas de Defesa a Norte de Lisboa durante a Guerra Peninsular, também conhecidas como Linhas de Torres Vedras).