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Na altura que foi entregue no Património Cultural, I.P, o processo de inventariação a património imaterial das Festas em Honra de Nossa Senhora da Salvação, entendeu-se promover uma reflexão acerca da Festa de Agosto e o que a mesma representa na comunidade Arrudense nas suas diferentes dimensões (religiosa e profana) e de que forma consciente e inconscientemente, os rituais e a hereditariedade das tradições têm sido mantidos e passados de geração em geração, também integrada nas Comemorações dos 500 anos das Festas em Honra de Nossa Senhora da Salvação.

A conversa e a reflexão geradas comprovaram que a Festa em Honra de Nossa Senhora da Salvação, é a "âncora" que há muito se procura como identificadora da nossa génese e da nossa identidade, não apenas do ponto de vista cultural e religioso, mas sobretudo do ponto de vista sociológico, económico, etnográfico e de todas as outras dimensões que definem o nosso contributo enquanto cidadãos e enquanto Arrudenses.

Para além dos oradores, verificaram-se várias intervenções por parte do público que muito contribuíram para o reforço do sentimento coletivo de pertença e de como é que cada um vive a Festa.

A sessão ocorreu no dia 19 de fevereiro e contou com a participação do Sr. Padre Diogo Correia, Isabel Faria Alexandre (Aia de Nossa Senhora), Catarina Bexiga (tertuliana e jornalista tauromáquica) e Luís Orlando (co-fundador do Há Jazz no Terreiro). A escolha destes elementos pretendeu ter representadas as várias componentes da Festa e demonstrar que o profano e o religioso podem e devem coexistir.

“Conversas à Capela” é uma atividade realizada na Capela do Morgado, que tem como objetivo promover a reflexão sobre o território de Arruda, das suas gentes e do seu património material e imaterial.