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Campanha arqueológica no sítio do Castelo / Forte do Paço (Arruda dos Vinhos)

Do povoado fortificado com 5000 anos ao reduto oitocentista das Linhas de Torres

A Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos, em colaboração com o Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa (UNIARQ) da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, promove uma nova campanha de trabalhos arqueológicos no sítio do Castelo / Paço, freguesia de Arranhó, concelho de Arruda dos Vinhos.

Desde 2019 que este sítio integra o conjunto classificado como Monumento Nacional designado como 1.ª e 2.ª Linhas de Defesa a Norte de Lisboa durante a Guerra Peninsular, também conhecidas como Linhas de Torres Vedras através do Decreto n.º 10/2019, DR, 1.ª série, n.º 61, de 27-03-2019.

O vasto conjunto de campanhas arqueológicas desenvolvidas neste sítio entre 1988 e 1999, sob direção de Ludgero Gonçalves (1988-1997) e Guilherme Cardoso (1998-1999), permitiu identificar uma importante ocupação calcolítica, incluindo uma estrutura de tipo torre, e vestígios disseminados da Idade do Ferro e período Romano-Republicano. Trata-se de uma ocupação provavelmente sempre associada a funções defensivas. O domínio da paisagem e do vale da Arruda foi determinante em diferentes períodos históricos: muros, muralhas e fossos estão sobrepostos sendo difícil a sua interpretação.
Das 152 fortificações que integram a primeira e segunda linha defensiva a Norte de Lisboa, conhecem-se muito poucos sítios com ocupações prévias e apenas no sítio do Castelo / Paço se regista a presença de fortificações pré-históricas, o que reforça a sua importância científica e patrimonial.

A presente campanha tem como objetivo a leitura espacial dos vários momentos de ocupação deste sítio através de novas metodologias. Assim, a campanha foi antecedida por um levantamento LiDAR através de drone com a colaboração do Centro de Estudos Geográficos e do Instituto Superior Técnico, o qual permite o mapeamento prévio das estruturas ocultas pela vegetação. Posteriormente procedeu-se à limpeza do terreno e à escavação de alguns elementos indicados pelo levantamento. O processamento dos dados de campo e da cartografia antiga será a base para uma primeira aproximação geoespacial dos vários vestígios, essencial para futuros trabalhos de investigação e valorização.

Os trabalhos arqueológicos têm a direção de Ana Catarina Sousa (UNIARQ, Faculdade de Letras de Lisboa), Jorge Lopes (Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos) e André Texugo (UNIARQ), contando com a colaboração de uma equipa de estudantes de licenciatura e mestrado da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e a consultoria do Coronel de Engenharia José Paulo Berger (Direção de Infraestruturas do Exército).

A Arqueologia regressa assim às Linhas de Torres depois de um interregno de 10 anos. Com efeito, no âmbito do projeto intermunicipal das Linhas de Torres com financiamento do programa EEAGrants (2008-2011) foram desenvolvidas escavações num vasto conjunto de fortes em Arruda dos Vinhos (Fortes da Carvalha e Cego), Loures, Mafra, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras e Vila Franca de Xira. O Forte do Paço conta contudo uma história muito mais antiga cuja pesquisa ainda apenas começou.






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