Hospital e Capela da Misericórdia
A origem deste edifício remonta a 1574, aquando da fundação da Santa Casa da Misericórdia de Arruda dos Vinhos, no âmbito da criação das Misericórdias, por desejo da rainha D. Leonor. Designava-se inicialmente Hospital do Espírito Santo, com administração de Provedor e Irmãos, por legado camarário. O edifício situa-se no Largo José Vaz Monteiro, possui hospital e capela setecentista de estilo Barroco e Rococó.
Ao longo dos tempos, a capela sofreu várias alterações e, em finais do século XIX, possuía apenas uma nave, configuração arquitectónica que ainda hoje mantém. Na capela-mor pode observar-se o retábulo de talha dourada e verde, datado dos finais do séc. XVIII e lambris de azulejos policromos, do século XVIII. Em destaque, encontra-se o Altar-mor, composto por uma grande vitrine com a imagem do Senhor Morto, em tamanho quase real.
-
Localidade:
Arruda dos Vinhos
-
Freguesia:
Arruda dos Vinhos
-
Latitude:
38.982326
-
Longitude:
-9.078434
Igreja de S. Lourenço
Não se conhecendo a data da construção da Igreja de S. Lourenço de Arranhó, nem quem a mandou construir, conclui-se ser anterior a 1504 por uma inscrição em pedra que institui uma doação de rendimento de bens para que se rezasse missa por intenção da doadora.
Sabe-se, por documento datado de 1758 (resposta ao inquérito do Patriarcado de Lisboa aquando do terramoto de 1755), que, já aquela época, teria a estrutura arquitectónica que hoje apresenta. É uma igreja de nave única suportada, no exterior do lado esquerdo, por dois contrafortes maciços. No cunhal frontal direito tem uma torre sineira, com dois sinos e relógio, servida por escada de pedra em caracol cujo acesso é feito pelo interior da igreja. A cabeceira é constituída pela capela-mor e dois altares colaterais. A capela-mor abre com dois arcos ligados e encimados por um nicho; o fundo é revestido de talha de madeira dourada (de construção recente, mas imitando um anterior destruído no fim dos anos 50) expondo, na parte superior, um crucifixo de grandes dimensões, ladeado pelas imagens de São Lourenço (padroeiro da paróquia) e de São Francisco de Assis. O altar-mor também recente, é de pedra e está no centro do presbitério. O altar do lado do Evangelho tem a imagem da Nossa Senhora da Piedade, em madeira; o do lado da Epístola é dedicado a Nossa Senhora de Fátima. Uma grossa balaustrada fecha o presbirério.
Na parte lateral do lado do Evangelho existe um altar aberto na parede e com nicho, dedicado a Nossa Senhora da Conceição. À esquerda deste altar ergue-se um púlpito de pedra, servido por escada do mesmo material. Na mesma parede, ao fundo de igreja, aberto em capela, encontra-se o baptistério com pia central e um nicho com ícone representativo do Baptismo de Jesus. Na parede contrária, num altar idêntico venera-se Santa Catarina; à direita deste altar está uma lápide com a inscrição atrás referida. Em ambas as paredes existem grandes janelas de torneira. Todo o perímetro interior foi revestido recentemente por um silhar de azulejos.
O tecto é revestido a madeira, com painéis rectangulares pintados. O painel central, além dos motivos decorativos comuns aos outros, representa o Santíssimo Sacramento.
No fundo da igreja, sobre a porta principal, encontra-se o coro, construído em madeira policromada, assente, nos cantos, em capitéis de pedra inscrustados nas paredes e suportado, na frente, por duas colunas cilíndricas de pedra. A balaustrada frontral ostenta a data de 1755. As pinturas da parte inferior representam, além de vários motivos decorativos, símbolos referentes a S. Lourenço.
Igreja de S. Miguel Arcanjo
A Igreja de S. Miguel, santo padroeiro da freguesia de Cardosas, situa-se num largo na parte sul da Vila.
A igreja terá sido construída pelos moradores da freguesia, não se sabendo contudo a data de construção. Sabe-se apenas que existia uma Ermida com uma capela, onde se dizia Missa aos Domingos e dias santos.
A Igreja de uma só nave, tem três altares, estando no principal a imagem do Sagrado Coração de Jesus. Ladeando o altar encontram-se as imagens de S. Miguel Arcanjo e de Santo António com o Menino.
No altar do lado do Evangelho está, ao centro, a imagem de N. Sr.ª da saúde (imagem de vestir), ladeada pelas imagens de São Francisco de Assis e de N. Sr.ª do Rosário de Fátima. Sobre a mesa deste altar foi colocada uma pequena imagem de Santa Luzia.
No altar do lado esquerdo da Epístola, encontra-se ao centro a imagem de N. Sr.ª da Conceição (imagem de vestir), ladeada pelas imagens de São José com o menino e de São Pedro, Apóstolo.
Do lado do Evangelho, a meio da nave, podemos ver uma imagem do mártir São Sebastião.
No adro fronteiriço à Igreja, ergue-se um cruzeiro de pedra cuja inscrição data de 1724.
Igreja de S. Tiago dos Velhos
A história da igreja de S. Tiago dos Velhos está intimamente ligada à história da própria povoação.
De origens afonsinas, não se conhece contudo, a data da fundação da igreja, mas pela existência de uma cruz da Ordem dos Templários (na sacristia) com a data de 1131, atesta-se a sua existência, pelo menos, desde essa altura.
A tradição oral tem veiculado que o pequeno templo terá sido mandado construir neste local, a pedido de D. Teresa, mãe de D. Afonso Henriques, como ponto de encontro e oração para os cavaleiros da Ordem dos Templários.
Mais tarde, os caminheiros vindos do Norte de África entrando pelo sul do país, a caminho do Santuário de Santiago de Compostela (onde se encontra o túmulo do apóstolo), passavam pela pequena povoação de S. Tiago (uma vez que esta localidade era ponto de passagem de um dos caminhos portugueses de Santiago). O contacto com a população autóctone terá dado origem a novas gerações, ficando estas conhecidas por santiagueiros e a igreja dedicada ao apóstolo São Tiago.
Em virtude de não se realizar ofício religioso na igreja, os habitantes de S. Tiago iam todos os domingos participar nos ofícios divinos que se realizavam na Sé de Lisboa, e estes não se iniciavam sem terem chegado os “irmãos mais velhos e que vinham de mais longe” – os irmãos de S. Tiago. Deste hábito, terá resultado o actual topónimo S. Tiago dos Velhos.
A igreja de uma só nave tem sido objecto de obras de ampliação e restauro ao longo dos tempos. O altar principal apresenta três imagens; duas imagens de São Tiago, uma a cavalo conhecida por “Cavaleiro” ou “Mata Mouros”, que pelas suas características, julga-se ser uma imagem setecentista, outra imagem do apóstolo a pé conhecida por “Santiago Peregrino”, com os respectivos distintivos: o cajado com a cabaça, o evangeliário e o chapéu de peregrino encimado com a vieira. Estas duas imagens são réplicas exactas das que se encontram no frontal principal da catedral de Santiago de Compostela. Neste altar encontra-se ainda uma imagem policromada de Santa Ana, mãe da Virgem Maria.
No altar lateral esquerdo encontra-se uma imagem recente de Santa Luzia, uma imagem de Nossa Senhora de Fátima, uma imagem de Santa Catarina de Sena e uma imagem de Santo António. No altar lateral direito encontra-se uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, configurada apenas pela cabeça e mãos e sustentada por uma armação (imagem de roca) e a imagem do Deus Menino (réplica do Menino Jesus de Praga), uma imagem de São Francisco de Assis com os estigmas, contemplando Cristo Crucificado, a imagem de São Sebastião e a imagem do Sagrado Coração de Jesus.
Igreja Matriz Nossa Senhora da Salvação
A Igreja de Nossa Senhora da Salvação ergue-se no centro da povoação, na zona antiga da vila, em amplo adro calcetado.
Após a reconquista da vila por D. Afonso Henriques, a Ordem de Santiago edificou ou reconstruiu a igreja, então pertença do padroado real e doada ao prior do Convento de São Vicente de Fora.
Já no século XIII, D. Sancho I doou-a à Ordem de Santiago, ficando integrada no bispado de Lisboa com as igrejas de Óbidos.
No século XVI, D. Manuel terá mandado reconstruir a igreja (bastante danificada por terramotos), na sequência da sua estada em Arruda, fugindo da peste. Essa recuperação viria a decorrer entre 1525 e 1531, já no reinado de D. João III. Por desejo de D. Manuel e em Acção de Graças, a invocação passou de Santa Maria de Arruda para Nossa Senhora da Salvação, celebrando-se festejos em sua honra a 15 de Agosto, tradição que se tem mantido até aos nossos dias.
Com base em diversos estudos que descrevem a imagem de Nossa Senhora da Salvação, julga-se que a imagem actualmente venerada seja anterior ao Século XVI, tendo sido objecto de embelezamento durante as obras de reconstrução da igreja, ordenadas por D. Manuel. De cinco palmos e meio de altura, rematada por elegante coroa de prata, a imagem da Virgem com o Menino, tem sido objecto de muita veneração ao longo dos tempos. Segundo a tradição “António de Sande e Castro, natural de Arruda, quando partiu para a Índia, para onde fora nomeado governador, tão devoto era de Nossa Senhora da Salvação, que levou clandestinamente consigo uma das mãos da sagrada imagem, revelando assim a sua profunda devoção”.
A igreja, de planta longitudinal de influência mendicante, divide-se em três naves separadas por bem proporcionadas arcarias. A capela-mor apresenta um imponente retábulo de talha dourada barroca, rodeando a imagem de Nossa Senhora da Salvação. Observam-se ainda seis apreciáveis pinturas quinhentistas que enobrecem as paredes laterais sobre azulejos do século XVIII.
Do vasto conjunto de azulejaria desta igreja, refiram-se os azulejos policromos do tipo ponta de diamante do século XVII e outros setecentistas azuis e brancos que revestem as paredes, inserindo-se neles painéis com figuras de santos. Merecem especial atenção o de São Cristóvão e o de São Jorge.
Abre para a nave do evangelho uma capela que foi dedicada a São Francisco de Assis e pertenceu à Ordem Terceira Franciscana, tendo sido mais tarde, feita capela do Santíssimo Sacramento. Nesta capela, pode ser também apreciado um retábulo de talha dourada e verde. Ornam o sacrário um conjunto de pinturas seiscentistas. As paredes retratam momentos da vida de São Francisco em painéis de azulejos policromos setecentistas.
No exterior da igreja eleva-se torre sineira quinhentista rematada por coruchéu. A fachada ostenta também um belo portal manuelino, ladeado por pilastras com imagens em alto-relevo (duas figuras humanas). A decoração baseia-se em elementos ornamentais próprios da arquitectura religiosa manuelina, inspirados em gravuras, na arte popular e decorações efémeras.
-
Orago:
Nossa Senhora da Salvação
-
Festa anual:
6 a 18 de Agosto - Procissão a 15 de Agosto
-
Localidade:
Arruda dos Vinhos
-
Freguesia:
Arruda dos Vinhos
-
Latitude:
38.984025
-
Longitude:
-9.076850
-
Folheto:
www.cm-arruda.pt/folheto_igreja_matriz
-
Vídeo:
www.youtube.com/watch?v=Ew1yUFkr8PI&t=3s
-
Mais informação:
Aberta ao público: 2.ª a 6.ª, das 9h às 12h e 17h às 19h / sábados das 14h às 19h / domingos das 15h30 às 17h30 (exceto julho a agosto)
Memorial aos Combatentes da Grande Guerra
Inaugurado em 1929, este monumento foi erguido em memória dos combatentes do Concelho de Arruda que participaram e pereceram na Grande Guerra.
-
Localidade:
Arruda dos Vinhos
-
Freguesia:
Arruda dos Vinhos
-
Latitude:
38.982221
-
Longitude:
-9.078200
Moinho do Custódio
Localizando-se a uma altitude de 275 metros, o Moinho do Custodio apresenta um discreto domínio sobre a paisagem, constituindo-se um verdadeiro miradouro natural.
-
Localidade:
Arranhó
-
Freguesia:
Arranhó
-
Latitude:
38.5704633
-
Longitude:
-9.0836802
Moinhos de Vento
Elemento característico da ruralidade do concelho arrudense, S. Tiago dos Velhos possui um número significativo destes engenhos em bom estado de conservação.
Para visitar o moinho de vento de À-do-Mourão contactar a Junta de Freguesia de S. Tiago dos Velhos: 219 681 730 / freguesia@stiagovelhos.pt.
-
Localidade:
S. Tiago dos Velhos
-
Freguesia:
S. Tiago dos Velhos
-
Latitude:
38.5557925
-
Longitude:
-9.0459722
Santuário de Nossa Senhora da Ajuda
O Santuário de Nossa Senhora da Ajuda situa-se na povoação com o mesmo nome e a ele recorrem milhares de fiéis, por ocasião das suas festividades que se realizam no dia 8 de Setembro.
-
Orago:
Nossa Senhora da Ajuda
-
Festa anual:
8 de setembro
-
Localidade:
Lugar de Nossa Senhora da Ajuda
-
Freguesia:
Arranhó
-
Latitude:
38.950028
-
Longitude:
-9.127640
-
Vídeo:
www.youtube.com/watch?v=Cd5TCZAZ9DE
Sítio Arqueológico do Castelo
Situado junto ao Casal do Castelo, este povoado apresenta duas épocas de ocupação: Idade do Cobre e do Ferro. Constitui o mais antigo vestígio de ocupação humana no território que corresponde atualmente ao Concelho de Arruda dos Vinhos.
-
Localidade:
Arranhó
-
Freguesia:
Arranhó
-
Latitude:
38.5941741
-
Longitude:
-9.0705983